Esporte Clube Bahia Fundado em 01 de janeiro de 1931 Endereço: Jardim Metrópole, S/N, Itinga Lauro de Freitas, Bahia – CEP.: 427000-000 Estádio Roberto Santos (Pituaçu) – Capacidade: 32.157 Site oficial: www.esporteclubebahia.com.br |
A Fundação
No dia 8 de dezembro de 1930, dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, os ex-jogadores do Clube Bahiano de Tênis Carlos Koch, Eugênio Walter (Guarany) Fernando Tude e Júlio Almeida; e Waldemar de Azevedo, ex- Associação Atlética da Bahia, num encontro casual no Cabaré do Jokey, em Salvador, discutem a formação de um novo time de futebol. O grupo está sem poder praticar o esporte que amam porque as agremiações que defendiam resolveram acabar com os departamentos de futebol no corrente ano. No dia 12/12, mais de 70 pessoas, a maioria ex-atletas da AAB e do Bahiano, reúnem-se para definir os rumos do novo clube. A assembléia é presidida por Otavio Carvalho e secretariada por Fernando Tude e Aroldo Maia. Naquela reunião, são definidas as cores da Bahia para o novo clube – uniforme com a camisa branca e o calção azul com uma faixa vermelha na cintura. Otavio Carvalho é nomeado presidente provisoriamente. |
O Ano de 1931 O Esporte Clube Bahia é fundado, sob o slogan “Nascido para vencer”, no dia 1° de janeiro de 1931, em reunião realizada na casa n° 57 da Rua Carlos Gomes, em Salvador. O grupo de fundadores do Bahia é formado em sua maioria por ex-jogadores da AAB e do Bahiano, sem participação na diretoria dos mesmos, considerados integrantes da “pequena-burguesia” soteropolitana da época. Eram profissionais liberais, funcionarios públicos, jornalistas, micro-empresarios e estudantes. O que confirma a tese de que o Bahia, desde o principio, não era um time de grã-finos e tinha sim mais afinidade com as camadas populares. O Distintivo Em 16/01 são publicados no Diario Oficial da Bahia os estatutos do Tricolor, que passa a existir legalmente. |
A primeira vez No dia 20/02, o Bahia é filiado à Liga Bahiana de Desportos Terrestres, atual Federação Bahiana de Futebol. E, Em 22/02, um domingo, o Bahia realiza seu primeiro treino, no Campo da AAB, na Quinta da Barra, em Salvador. Primeiro jogo e título – Em 22/03, o Bahia estréia no Estadual. Com gols de Bayma Guarani e Rubem. – Em abril, Tricolor faz seu primeiro jogo internacional, mas perde para o Sud América, do Uruguai. – Em 11/10, o Bahia faz seu primeiro jogo intermunicipal, contra o Vitória de Ilhéus e vence por 5 a 4. – Em 24/10, no primeiro jogo fora do estado, o Tricolor bate o Sergipe por 2 a 0. Um dia depois, 5 a 0 no Guarany/SE. Os dois jogos são em Aracaju. – Em 25/10, mesmo longe de Salvador e sem precisar entrar em campo, o Bahia conquista o primeiro titulo de Campeão Baiano. A taça vem com a derrota do Botafogo para o Ypiranga, por 2 a 0, que impossibilita o “fogão” de ultrapassar o Tricolor. O Clube comemora o titulo com duas rodadas de antecedência para o fim do Estadual. A Delegação faz a festa em Aracaju mesmo e é acompanhada pela população da cidade, que varou a madrugada contagiada pela alegria tricolor. – Em 15/11, Bahia entra em campo contra o Ypiranga. Com o titulo garantido, a motivação é não perder no Campo da Graça para sagrar-se Campeão Invicto. Tricolor consegue empate em 2 a 2 aos 33 minutos, com o gol de Milton Bahia e mantém invencibilidade. CURIOSIDADE |
O ano de 1932
– Bahia enfrenta a primeira crise de sua história. Racha na direção provoca saídas dos fundadores Júlio Almeida e Fernando Tude da diretoria. – Apesar dos pesares, Bahia é Bicampeão do Torneio Início do Estadual. – Problemas internos refletem no campo e clube perde o Estadual para o Ypiranga. – Em 21/01, Bahia enfrenta pela primeira vez o Santa Cruz e vence por 3 a 2. O ano é marcado ainda pelos primeiros confrontos com outros que viriam a ser rivais históricos – Vitória, Sport e Flamengo, além do Santa. – Em 18/09, o Bahia vence o primeiro Bavi da história, por 3 a 0, gols de Gambarrota e Raul Coringa (2). Partida válida pelo Torneio Início do Estadual, tem apenas 20 minutos. |
O ano de 1933 – Dissidentes se recompõe com a diretoria e a paz volta à cúpula tricolor. – Bahia leva 3 a 1 do Energia FC e é eliminado do Torneio Início. – Após transferência conturbada, o ex-atacante do Ypiranga, Pelágio, estréia pelo Bahia e faz quatro gols no “massacre” de 9 a 0 sobre o Guarany. – Bahia se recupera, vence nove dos 11 jogos, perdendo apenas um, e leva pra casa seu segundo título Estadual. Marca 45 e sofre apenas 13 gols. Coincidentemente, única derrota é para o Energia, por 3 a 2. – Em 19/10, goleada por 5 a 0 sobre o São Cristóvão sacramenta o segundo Estadual. |
O ano de 1934
– Bahia agora está instalado em nova sede, no bairro de Brotas. – Em 11/03, Seleção Baiana de Futebol é Campeã Brasileira com sete jogadores do Bahia: Nova, Bisa, Milton, Gia, Pelágio, Bayma e Betinho. – Em 13/05, Bahia é Campeão do Torneio Início. – Após um ano parado, o atacante Raul Coringa, ídolo tricolor, se transfere para o Vitória. – Tricolor perde o Bavi pela primeira vez, por 4 a 3. – Em 3/07, o jogador do Bahia, Bitonho – José Fernandes Costa -, se suicida. O motivo foi ter saído de campo preso na véspera após agredir o árbitro na primeira derrota tricolor em Bavis. Clube joga de luto por 30 dias devido à morte. – Apesar da instabilidade da equipe, que entra com formações diferentes em todos os jogos, o Bahia conquista o primeiro de seus 10 bicampeonatos estaduais. – Em 01/12, Tricolor garante a taça ao vencer o Botafogo por 2 a 1. – Meia-esquerda Armandinho é o primeiro jogador do Bahia convocado para a Seleção. |
O ano de 1935
– O médico Fernando Tude volta ao Bahia, agora para ser presidente. – Ano é ruim para o Tricolor. É eliminado do Torneio Início. Perde sete das 14 partidas do Estadual e vê o Botafogo ser Campeão. – Nota positiva da temporada é a chegada do atacante Serafim Carvalho, o Tintas, que faria sucesso pelos próximos sete anos com a camisa tricolor. O ano de 1936 – Bahia começa mal o ano e é eliminado do Torneio Início. – Redenção vem no Estadual. Bahia marca 46 gols em 12 jogos, passa por todos os adversários e levanta o quarto título Baiano em cinco anos de vida. Só não é Campeão Invicto porque perde a última partida para o Galícia. – Baiano, Tarzan, Sandoval e Armandinho são os grandes destaques do time comandado por Nicanor Souza na conquista do Estadual. O ano de 1937 – Tricolor passa por uma grave crise na escala diretiva. Tudo por causa da existência de uma “diretoria paralela”, que se reunia às escondidas no Café Portugal e tomava decisões ignorando a direção de fato. – Crise vem a tona com a demissão da “diretoria paralela”. – Apesar dos problemas, time começa bem e conquista seu quarto Torneio Início. – Reflexo da crise vem no Estadual. Bahia faz uma das piores campanhas de sua história e perde sete dos 11 jogos. Vê aquele que seria um de seus maiores rivais na esfera regional conquistar seu primeiro título – o Galícia. – Perde uma invencibilidade de sete anos no “Clássico do Pote”, disputado contra o Botafogo. O ano de 1938 – Temporada tem dois Estaduais. O primeiro, por desinteresse do público, é cancelado. O Botafogo, que liderava o certame quando da suspensão – em agosto- , foi declarado o Campeão. – Segundo Baianão de 1938 começa em outubro. Bahia leva o quinto estadual, após golear o Galícia por 5 a 2, em 8 de fevereiro de 1939. – Em 13/11, acontece um fato curioso, no jogo Bahia x Galícia, pelo segundo Baiano de 1938. O atacante Pedro Amorim se recusa a entrar em campo, alegando doença e manda um bilhete avisando à diretoria. Inconformado, o dirigente Nelson Chaves vai à casa do atleta e o obriga a jogar. Amorim joga e faz três dos quatro gols do triunfo. – Bahia aplica duas das maiores goleadas de todos os tempos sobre o Vitória – 9 a 4 e 10 a 2. O ano de 1939 – Bahia volta a sofrer com problemas na cartolagem.Tentativa de colocar ordem na casa é a formação de uma Junta Diretiva que passa a gerenciar o Bahia. Mas os resultados em campo não aparecem. – Um dos maiores ídolos da torcida, o artilheiro Pedro Amorim vai para o Fluminense/RJ. – Rivalidade com o Galícia se acirra após duas derrotas no Estadual, ambas por 3 a 2. Tricolor perde o título para o Ypiranga. – A única nota positiva do ano é a maior goleada de todos os tempos sobre o Vitória – 10 a 1, no dia 8/12. |
O ano de 1940
– Destaque do clube é a linha média formada pelos estrangeiros Papetti, Bianchi (argentinos) e Avalle (italiano). Trio é considerado o melhor de todos os tempos na posição. – Tricolor é Campeão Baiano Invicto pela segunda vez. Galícia é vice. |
Os anos de 1941 a 1943 – Bahia assiste passivamente um clube ser Tri-Campeão Baiano pela primeira vez na história, o Galícia. – O ostracismo em campo é resultado de uma das crises financeiras mais agudas de sua história. O Bahia estava atolado em dívidas, não conseguia pagar funcionários e jogadores. – Em 1941, quase vai à falência e é despejado de sua sede, na AV. Princesa Isabel, por falta de pagamento dos aluguéis. – No período, disputa seis jogos contra o maior rival da época, o Galícia, perde quatro, empata um e ganha somente uma vez. |
O ano de 1944
– O comerciante Zelito Bahia Ramos assume a presidência e arruma a casa, estabilizando a situação financeira. – Clube se instala em nova sede, no bairro do Canela, em Salvador. – Adroaldo Ribeiro Costa compõe o hino do Bahia. Anos mais tarde, a composição seria considerado pelo historiador Cid Teixeia a mais popular da história do estado, ao lado do hino do Senhor do Bomfim. – Bahia ameaça não disputar o Baianão por divergências com a Federação Bahiana de Desportos Terrestres (FBDT), mas não leva idéia adiante. – Nicanor de Carvalho assume o comando técnico do time – só deixaria o cargo em fevereiro de 1946. – Dois dos maiores ídolos do Tricolor em todos os tempos estréiam no time principal – os atacantes Gereco e Zé Hugo. Gereco é prata-da-casa, tinha sido Bicampeão Baiano Juvenil em 1939/40. Zé Hugo vem de Ilhéus, em 25/04. – Estadual é disputado por pontos corridos. Em 14/05, na estréia, Bahia goleia o Botafogo, por 3 a 1. – Apesar de não conseguir vencer o Tri-Campeão Galícia – empata duas vezes em 4 a 4 -, faz 3 a 1 no jogo final contra o Ypiranga e volta a subir no lugar mais alto do podium do Estadual. |
O ano de 1945
– O duelo com o Vitória é marcado por uma confusão generalizada no Bavi do dia 2/09. Após as expulsões do tricolor Ciri e do rubro-negro Baiano, é deflagrada a briga. Jogo termina em 0 a 0. – Tricolor vence 2º e 3º turnos do Estadual e precisa de apenas um empate nos dois jogos da decisão com o Galícia para ficar com a taça. – Baianão só é decidido em 1946. Em 01/01 daquele ano, Galícia vence a primeira decisiva por 2 a 1 e adia a festa. – Tricolor enfrenta o argentino Rosário Central antes do segundo jogo da final com o Galícia. Perde por 5 a 4. – Em 17/01, num jogo antológico, empata por 4 a 4 com o Galícia e conquista o segundo Bi de sua história, 11 anos após o primeiro, em 1933/34. O técnico é Armando Simões. O ano de 1946 – Ex-jogador, fundador e primeiro orador do Esporte Clube Bahia, o jornalista Aristóteles Góes usa pela primeira vez a expressão “Esquadrão de Aço”, em manchete no jornal A Tarde. Expressão cairia logo nas graças da torcida e eternizada como uma das alcunhas prediletas da Nação Tricolor. – Tricolor faz campanha ruim no Baianão. Vence apenas cinco dos 12 jogos – perde outros seis e empata um. Vê o Guarany conquistar o primeiro e único Estadual de sua existência. – O destaque do time, apesar da campanha ruim, é o atacante Serafim Carvalho, o Tintas, ídolo do clube. O ano de 1947 – Com a aposentadoria de Yoyô, titular absoluto de 1942 a 1946, Tricolor sofre atrás de um novo goleiro. Benício e Elba são testados, mas não aprovam. – Dúvidas cessam quando Lessa veste a camisa 1, que só deixaria sete anos depois, em 1955. O arqueiro marcou época no clube. Tanto que foi celebrado em versos de Gilberto Gil como “um goleiro, uma garantia”. – Ano é marcado ainda pela estréia de um dos melhores pontas-esquerdas de todos os tempos – Izaltino, que seria titular do Esquadrão, ininterruptamente, por 13 temporadas. – Titular desde 1936, o beque Baiano começa a perder a posição graças às excepcionais atuações de Arnaldo e Zé Grilo na zaga. – Em 13/04, estréia no Estadual e, de cara, vence o clássico com o Galícia, por 2 a 1. – Vence o primeiro e o terceiro turnos e encara na decisão o Vitória, ganhador do segundo. Precisa de apenas um empate no jogo final. – Em 04/01 de 1948, faz 3 a 1 no arqui-rival e é Campeão Baiano pela nona vez em 17 torneios disputados – aproveitamento superior a 50%. – Triunfo sobre rubro-negro coroa belíssima campanha, de 14 vitórias em 19 partidas, três empates e somente duas derrotas. O ano de 1948 – Ano é turbulento, marcado por desentendimentos internos na esfera diretiva, e brigas com a Federação. – O dirigente Amado Bahia Monteiro assume o comando técnico da equipe. Polêmico, faz alterações radicais e contestáveis, como a saída de Lessa do gol, e a troca de Gereco por Moreninho no ataque. – Apesar dos pesares, com a base do ano anterior, Bahia supera os rivais e é Bicampeão Baiano. – Título vem após disputa no quadrangular final contra Galícia (1 a 1), Vitória (5 a 0) e Ypiranga (4 a 1). Na finalíssima, em 03/05, bate o Galícia por 3 a 0. O ano de 1949 – Volta a ter sede no tradicional bairro da Barra, em Salvador, o mesmo onde foi fundado. – Clube completa a “maioridade” ao fazer 18 anos. – Após vencer primeiro turno, enfrenta o Ypiranga, ganhador do segundo, numa melhor de três. Perde a primeira por 3 a 1; vence a segunda, por 2 a 0; e empata a terceira, em 2 a 2. – No jogo-desempate, em 18/12, Bahia faz 2 a 0 com gols de Carlito e Ivon e torna-se Tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol. Amado Monteiro continua como técnico. – Em 07/07, vem ao mundo Edvaldo dos Santos. Sob a alcunha de “Baiaco”, tornaria-se Hepta-Campeão pelo Tricolor, na década de 1970 e um dos jogadores de maior identificação com a torcida. – Em 9/09, nasce Douglas da Silva Franklin, o Douglas, que, anos mais tarde, viria a se tornar, para muitos, o maior jogador a envergar o manto sagrado azul, vermelho e branco. |
O ano de 1950
– Crises internas continuam mas, diferente de outras épocas, não prejudicam desempenho em campo. – Na fase classificatória do Estadual, perde apenas dois de 12 jogos e termina em primeiro lugar. – No primeiro jogo da final com o rubro-negro, faz 2 a 1. Leva virada no segundo, espetacular, e cai por 4 a 3. – Em 12/11, no Bavi decisivo, vence o rival por 3 a 1. Conta com a estrela de Zé Hugo, que, cinco anos depois, volta a marcar dois gols na decisão contra o Vitória. Bahia é o primeiro Tetracampeão da história do Campeonato Baiano de Futebol. |
Os anos de 1951 – Em 28/01, com apenas campo de futebol e um lance das arquibancadas, é inaugurado o Estádio da Bahia, que depois seria rebatizado com o nome de Otávio Mangabeira e entraria para a história do futebol brasileiro como Fonte Nova. – No dia da inauguração, Bahia, Ypiranga, Guarany, São Cristóvão, Vitória e Galícia disputam um torneio. O Tricolor despacha o Botafogo na semifinal e pega o rubro-negro na decisão. Vence o leão por 3 a 2, de virada, com gols de Teco e Alfredo, e torna-se o primeiro Campeão da história da Fonte Nova. – Não vai tão bem no Estadual e fica fora da decisão após a seqüência de quatro títulos. Ypiranga vence o Vitória e leva o troféu do ano. |
O ano de 1952
– No estadual, Bahia vence o primeiro turno, Vitória ganha o segundo, e o Ypiranga o terceiro. – Nas finais, já em 1953, depois de vencer o Vitória duas vezes, por 3 a 1 em ambas, o Bahia encara o Ypiranga na luta pelo título. – Em 08/03 de 1953, encara o aurinegro na finalíssima. Jogo é marcado por embate entre policiais e torcedores, depois que os guardas tentam pacificar com violência uma briga entre espectadores. Devido às vaias do público, o governador Régis Pacheco, no estádio, manda os policiais se recolherem ao quartel. – Com a bola rolando, a decisão é equilibradíssima. Jogo só é definido em lance fortuito. No segundo tempo, Carlito chuta fraco, sem pretensão, e o goleiro Rui engole um frangaço. Com o 1 a 0, Bahia é Campeão Baiano pela 13a vez. – Frango de Rui motiva nota oficial do presidente do Ypiranga, Vivaldo Tavares, publicada nos jornais, dias depois. Segue um trecho – “Tudo foi destruído pelo nosso goleiro Rui… não fosse aquele horroroso frango, o jogo terminaria 0 a 0”. |
Final Histórica |
A competição nacional foi pioneira e percursora do Campeonato Brasileiro. A conquista credenciou o Bahia como primeiro representante do Brasil na Taça Libertadores da América.
A Taça foi conquistada numa finalíssima histórica, contra o Santos do Rei Pelé, considerado por muitos o melhor time de futebol de todos os tempos, no Maracanã, no dia 29 de março de 1960. O Tricolor venceu por 3 a 1, com gols de Vicente, Léo e Alencar. A partida foi a terceira da fase decisiva. Na primeira, em plena Vila Belmiro, o Tricolor venceu por 3 a 2. Na segunda, na Fonte Nova, o peixe deu o troco – 2 a 0. |
No jogo desempate, o Bahia fez 3 a 1, atuando com Nadinho; Nenzinho, Henrique e Beto; Flávio e Vicente; Marito, Alencar, Léo, Mário e Biriba. O Esquadrão de Aço era presidido pelo lendário Osório Villas Boas, um dos dirigentes mais polêmicos e controversos da história tricolor.
No banco de reservas, o comando era de era treinado por Efigênio Bahiense, o Geninho. Ele ficou no time até o segundo jogo contra o Santos. Na finalíssima, no Maracanã, o treinador foi Carlos Volante. Primeira competição nacional de clubes no país, a Taça Brasil de 1959 foi disputada no sistema mata-mata, reunindo os principais campeões estaduais do ano anterior. Santos, São Paulo, Vasco da Gama, Atlético/PR, Atlético/MG, Grêmio, Sport/PE, Rio Branco/ES, Hercílio Luz/SC, Auto Esporte/PB, ABC/RN, Ceará/CE, CSA e Tuna Luso, além do Bahia, Campeão Baiano de 1958, disputaram o certame. |
As primeiras fases foram regionalizadas. Depois de eliminar CSA, Ceará e Sport, o Bahia encarou o Vasco, nas semifinais – dando aos cariocas o mesmo destino dos rivais anteriores. Na conquista do primeiro Campeonato Nacional realizado pela Confederação Brasileira de Desportos, entidade máxima do futebol na época, o Bahia disputou 14 jogos, venceu nove, empatou dois e perdeu três, marcou 25 gols e sofreu 18. De quebra, o Tricolor fez ainda o artilheiro da competição – Léo, com oito gols. A base que conquistou a taça foi formada por – Nadinho; Leone e Henrique; Flávio, Vicente e Nenzinho; Marito, Alencar, Léo, Bombeiro (Mário) e Biriba. |
A conquista do Brasil – 1988
Não dá para esquecer o segundo título de Campeão Nacional do Bahia. A façanha foi alcançada num empate em 0 a 0 com o Internacional/RS, em pleno Beira-Rio, em Porto Alegre, no dia 19 de fevereiro de 1989. Até hoje (2010), nenhum clube da região conseguiu igualar o feito, chegando, no máximo, ao vice-campeonato. Confira, abaixo, algumas curiosidades e dados referentes ao Campeonato Brasileiro de 1988: |
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Para chegar ao tão cobiçado título, o Tricolor jogou 29 vezes, venceu 13, empatou quatro e perdeu cinco. O regulamento da competição previa cobrança de pênaltis nos jogos das fases classificatórias que terminassem empatados. Destes, o Bahia venceu quatro e perdeu três. O time fez 33 gols e sofreu 23. O triunfo no tempo normal valia três pontos. Nos pênaltis, dois. O Esquadrão de Aço fez 52 pontos.
O Bahia teve a maior renda da competição e ficou com a segunda melhor media de público, atrás apenas do Flamengo – 26.529 pessoas. O jogo do Tricolor que atraiu mais torcedores foi a semifinal contra o Fluminense, na Fonte Nova, assistida por mais de 110 mil pessoas – a maior platéia do estádio em todos os tempos. A partir da conquista inédita, o Esquadrão passou a utilizar duas estrelas douradas acima do seu distintivo – alusivas aos títulos da Taça Brasil, em 1959, e do Brasileirão de 1988. O título credenciou o Bahia a disputar sua terceira Taça Libertadores da América. Foram campeões – os goleiros Ronaldo, Sidmar e Rogério; os laterais Tarantini, Maílson e Edinho; os zagueiros João Marcelo, Claudir, Pereira e Newmar; os meias Paulo Rodrigues, Gil, Bobô, Sales e Zé Carlos; e os atacantes Renato, Osmar, Charles, Marquinhos, Dico e Sandro; além do técnico Evaristo de Macedo. O clube era presidido à época por Paulo Maracajá. – Zé Carlos, com nove gols, foi o artilheiro do Bahia no Campeonato. Bobô foi o vice, com sete. Três jogadores do Bahia fizeram parte da Seleção do Brasileiro elaborada pela revista Placar, e ganharam a Bola de Prata – Pereira, Paulo Rodrigues e Bobô. A média do goleiro Ronaldo (7,38) foi maior que a do Bola de Ouro Taffarel (7,37). O arqueiro tricolor só não levou o prêmio máximo porque disputou 11 partidas – uma a menos do que o mínimo exigido pelo regulamento da revista para concorrer ao troféu. |
A CAMPANHA DO BAHIA 02/09- 1×1 Bangu (6×5) (C) 07/09- 1×0 Vitória (C) 11/09- 0x3 Fluminense (F) 18/09- 1×0 Flamengo (C) 25/09- 2×2 Goiás (2×4) (F) 02/10- 1×1 Atlético-MG (1×4) (F) 09/10- 1×1 Sport (5×4) (C) 16/10- 2×0 Atlético-PR (C) 22/10- 2×0 São Paulo (F) 30/10- 1×0 Palmeiras (C) 06/11- 0x3 Internacional (F) 09/11- 0x0 Portuguesa (5×4) (F) 13/11- 2×1 Cruzeiro (C) 16/11- 0x0 Vasco (3×5) (F) 20/11- 0x0 Guarani (4×3) (F) 24/11- 0x1 Botafogo (C) 27/11- 2×0 Corinthians (C) 01/12- 1×0 Criciúma (F) 04/12- 0x2 Coritiba (F) 07/12- 5×1 Santos (C) 11/12- 3×1 Grêmio (C) 14/12- 1×2 Santa Cruz (F) 18/12- 2×1 América-RJ (C) Jogos em 1989 Quartas-de-Finais Semifinais 09/02- 0x0 Fluminense FINAIS 15/02- 2×1 Internacional (C) jogos em casa |
Jogo Final – INTERNACIONAL 0x 0 BAHIA 19/fevereiro/1989 – Local: Beira Rio (Porto Alegre-RS) Juiz: Dulcídio Wanderley Boschilia (SP) Público Presente: 79.598 espectadores Cartão Amarelo: Norberto, João Marcelo e Gil INTERNACIONAL : Taffarel, Luís Carlos Winck, Norton, Aguirregaray e Casemiro; Norberto, Luís Fernando e Luís Carlos Martins; Maurício (Hêider), Nílson e Edu Lima (Diego Aguirre). Técnico: Abel Braga. BAHIA : Ronaldo, Tarantini, João Marcelo, Claudir (Newmar) e Paulo Róbson; Paulo Rodrigues, Gil Sergipano, Zé Carlos e Bobô (Osmar); Charles e Marquinhos. Técnico: Evaristo de Macedo. |
Marcelo Guimarães Filho: desde 2008
Petrônio Barradas: 2005 a 2008
Marcelo Guimarães: 1997 a 2005
Antônio Pithon: 1996 a 1997
Francisco Pernet: 1994 a 1996
Paulo Virgílio Maracajá Pereira: 1979 a 1994
Fernando Schimidt: 1975 a 1979
Luiz A. Bandeira de Matos: 1975
Wilson Trindade: 1972 a 1974
Manoel Inácio Paula Filho: 1971 a 1972
Alfredo Saad: 1970
Pedro Pascásio: 1969 a 1970
Hamilton Figueira Simões: 1961
Osório Villas-Boas: 1958 a 1960; 1961 a 1969
Nelson Pinheiro Chaves: 1954 a 1955
Amado Bahia Monteiro: 1952 a 1954
Manoel Alfredo de Carvalho: 1951
Jayme Guimarães: 1949 a 1950
Clémens Sampaio: 1949
José Bahia Ramos: 1944 a 1948
Alfredo Fischer: 1944
Emílio Tournillon: 1942 a 1943
José Gabriel Castilho: 1941
Álvaro de Souza Lopes: 1941
Carlos Wildeberger: 1940
Gaston Carvalho: 1939
Carlos Costa Pinto de Pinho: 1937
Edgard de Lemos Brito: 1937
Albérico Mello: 1935 a 1936
Fernando Tude de Souza: 1935
Augusto Correia Machado: 1934
Alex Von Usler: 1933
Plínio Rizério: 1931
Waldemar Costa: 1931; 1937 a 1939; 1955 a 1957
Fonte: www.eusoubahia.com e Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br
Pesquisas realizadas por Sidney Barbosa da Silva